domingo, fevereiro 24, 2013

VARAL 11


VARAL Nº 11 EDIÇÃO 584 ANO XII- GRUPO LUNA&AMIGOS - TEMA: "ENGORDAR"



.

VARAL Nº 11 EDIÇÃO 584 ANO XII
TEMA: "ENGORDAR"
.




Comer sem engordar
É o sonho de toda mulher
E uma meta a alcançar.
Triste sina de todas elas
Que não reconhecem seu charme
Independente das medidas a mais
Querendo igual a uma boneca ficar.
Isabel C S Vargas




EDITORA LITERACIDADE-CATÁLOGO



catalogocab



Autores que já aderiram ao Catálogo:

(dos mais recentes a aderir aos primeiros que aderiram)
(página atualizada em: 31 de janeiro de 2013)


Luana Lagreca (Petrópolis-RJ), Edmar Guimarães Leite (Goiânia-GO), Jose Nedel (Porto Alegre-RS), Benedito C. G. Lima (Corumbá-MS), Alana Driziê (Natal-RN), Ademir Barros dos Santos /Ed Mulato (São Paulo-SP), Clério José Borges (Serra-ES), Shyrlei Tirollo (Piracicaba-SP), José Nilson de Queiroz (São Paulo-SP), Célia Lamounier (Itapecerica-MG)


Aldenora do Socorro Silva de Oliveira Cravo (Barcarena-PA), João Bosco de Almeida Souza (Cuiaba-MT), Josette Monzani (São Carlos-SP), Irina Andrea Jacinto Sopas (Rio de Janeiro/RJ), Euclides Cavaco (London Ontario Canadá), Abdul Cadre (Vendas Novas – Portugal), Carlos de Hollanda (Rio de Janeiro/RJ), Domingos Richieri (Osasco-SP), Odair Ribeiro (Imbituba-SC), Sonia Dias Jordão (Belo Horizonte-MG)


Dalmo de Figueiredo Arraes (Ribeirão Preto-SP), Kaique Barros Moraes (São Paulo-SP), Neuza Maria S. Pereira (Belo Horizonte-MG), Zacarias Gomes Martins (Belém-Pa), Nancy Lustosa Barros Hirsch (Rio de Janeiro-RJ), Emerson Maciel Santos (Aracaju-SE), João Nicodemos de Araujo Neto (João Pessoa-PB), Renate Gigel (Novo Hamburgo-RS), Guilherme de Miranda Ramos (Maceió-AL), Carlos Carvalho Cavalheiro (Sorocaba-SP);


Isabel Cristina Silva Vargas (Pelotas-RS), Aroldo Ferreira Leão (Petrolina-PE), Benevides Garcia (Vinhedo – SP), Fabiana Guaranho (Rio de Janeiro-RJ), Deise Formentin (Sangão-SC), José Hilton Rosa (Passos-MG), Ana Claudia Marques (São Paulo-SP), Vivaldo Terres (Itajaí-SC), Leomária Mendes Sobrinho (Salvador-BA), Rosangela Carvalho (São Joaquim da Barra/SP).


Maria da Glória Jesus de Oliveira (Porto Alegre-RS), Mardilê Friedrich Fabre (São Leopoldo-RS), Mauro Antonio Guari (Campinas-SP), José Chrys Chrystello (Sydney-Austrália), José de Anchieta de França Mendes (Juazeiro do Norte-Ce), Maria Augusta Camargo Schimidt (Campinas-SP), Jonas Rogerio Sanches (Catanduva-SP), Eliane Queiroz Auer (São Mateus-ES), Therezinha Aparecida Válio Corrêa (Pilar do Sul-SP), Rodrigo Domit (Rio de Janeiro-RJ)


Samuel Costa (Ponta de Pedras-PA), Victor Valeffot (Paulista-PE), Giovani Roehrs Gelati (Uruguaiana-RS), Alvaro Alipio Lopes Domingues (São Paulo-SP), Laís Evelyne Rodrigues Lima (Januária-MG), Dijavan Luis Santos de Brito (João Pessoa-PB), José Luiz da Luz (Ponta Grossa-PR), André Luís Soares (Guarapari-ES), Leonel Dutra Viana Lopes (Taquari-RS), Geraldo José Sant´Anna (São José do Rio Preto-SP);


Jaqueline Iahn (Ponta Porã-MS), Dhiogo José Caetano (Uruana-GO), Marcinha Girola (Curitiba-PR), Marcelo de Oliveira Souza (Salvador-BA), Aurineide Alencar (Dourados-MS), Rachel dos Santos Dias (Campinas-SP), Hazel de São Francisco (São Paulo-SP), Laerte Creder (Rio de Janeiro-RJ), José Antonio da Silva (Goiana-PE), Irineu Baroni (Belo Horizonte-MG).


http://literacidade.com.br/2013/01/13/catalogo-adesoes/


POEMA


Pai Peço-te, Sustenta-me! 

Isabel C S Vargas 



Pai, no outono de minha vida, 

Reitero meu amor por ti 

E, por Maria tua bendita Mãe. 

Somente teu amor por nós 

Permitiu-me passar por toda a dor 

Com a perda de meu amado filho, 

Em meu desespero lembrei-me 

Daquele pelo qual passou Maria. 

Então, pedi-lhe com todo ardor 

Para cuidar meu doce menino 

Tão lindo e tão amado. 

De ti, meu pai, recebi a força 

Que até hoje me sustenta e, 

Impede de sucumbir. 

Pai sustenta-me até o fim da jornada 

Cuida sempre de minha família 

Mantém-nos na trilha de tua luz 

No aconchego de tua paz infinita. 

AMÉM!


Publicado na Ciranda de Candy Saad

Mais Belos Poemas de Amor-CBJE

Portal Cen -Portugal

Diário da Manhã-Pelotas-RS
Data:2013.02.23-Sábado-página 15

Facebook- Isabel Vargas-24.02.2013

VARAL DO AMOR





Varal do Brasil - Abril de 2013 - Varal Especial do Amor no.2/20B
www.varaldobrasil.com  
                                                                                94
SOBRE O AMOR 

Por  Isabel C. S. Vargas

“Vivemos esperando o dia em que seremos 
melhores, melhores no amor, melhores na dor, 
melhores em tudo.”  (Jota Quest) 

Mesmo que estejamos vivendo no século XXI, que o avanço tecnológico seja uma
marca da época, o ser humano continua com
muitos anseios tal qual o homem de século
passado.
 As angústias, as dores, dúvidas sobre si
mesmo, sobre os relacionamentos ainda passam por corações indecisos. Há uma busca por
novos relacionamentos, numa tentativa de viver mais feliz.
 Segundo o psicanalista Flávio Gikovate o
que muitos buscam hoje é um relacionamento
em moldes diferentes daqueles vividos no passado, no qual ocorria até um processo de despersonalização, geralmente da mulher, onde
um ser sente-se incompleto e vai em busca da
outra metade que o complete. Este ser não vive por si só. Precisa de outro que lhe dê sentido. Ocorre um processo de enquadramento no
projeto masculino, no qual a mulher, muitas vezes perde sua identidade.
 Segundo ele, o fundamental nas relações
atuais é a parceria. Não existe aquele desejo
desenfreado de ter alguém para sentir-se alguém, pois as pessoas aprenderam a viver
mais consigo mesma, respeitando-se mais, por
isto pensam em dividir com o parceiro a sua
vida.
 O fundamento da relação é outro. Não é
mais a dependência. Ambos são seres completos, mas que buscam junto um enriquecimento
maior, na troca de vivências, de sentimentos. É
uma troca prazerosa e geradora de crescimento e fortalecimento da cumplicidade.
 São como companheiros de viagem, nesta trajetória imprevisível que é a vida.
 Esta aproximação é possível entre duas
pessoas inteiras, dois seres únicos, valorizados, pessoas que tem forte individualidade, o
que não se confunde com egoísmo.
 Neste tipo de relacionamento não existe
dominação, nem concessões exageradas.
 Cada um é ímpar, no seu modo de pensar, de agir, que serve para si mesmo e não
para julgar, avaliar ou enquadrar ninguém.
Nem existe a necessidade de “criar” alguém
para se enquadrar num esquema que se ajuste
ao do outro.
 Neste tipo de amor que Gikovate chama
de mais amor, coexistem duas pessoas inteiras, onde há prazer na companhia, aconchego,
respeito.
 O homem muda o mundo e depois sente
necessidade de mudar a si mesmo, para se
adaptar ao novo mundo, daí as mudanças nas
rela- ções.

              Na medida em que a sociedade hoje
não está formada dentro dos parâmetros de
antigamente, que a mulher em grande percentual não depende mais do homem financeiramente, tem profissão, reconhecimento, desaparece aquela relação de necessidade e surge
outra mais espontânea que se caracteriza pelo
desejo de estar junto, desejo de companhia de
partilha entre duas pessoas plenas, mais seguras, mais predispostas a dividir o que pode ser
um fator importante para obtenção de sucesso
na relação.
 Este sem dúvida é um assunto muito interessante, principalmente se levarmos em conta
que todos querem mudar o mundo, mudar o
outro, mas encontram dificuldade em mudar a
própria vida, abrir mão de conceitos já arraigados, verdades próprias, pois toda mudança desestabiliza, ameaça territórios conhecidos e
teoricamente dominados.
 Na realidade o amor se constrói junto com
o indivíduo.
 O amor que temos é o amor que somos.




..............................................................................................................................................................



Varal do Brasil - Abril de 2013 - Varal Especial do Amor no.2/20B

www.varaldobrasil.com
                                                                                    82
LITERATURA
COM

Isabel C. S. Vargas

SÓ MESMO DRUMMOND... 
  
           O texto de Drummond, o grande e maravilhoso que é capaz de extrair poesia de pedra, nos faz pensar, refletir sobre o que fazemos – escrever - por profissão, deleite, necessidade, vocação, ou qualquer que seja o motivo.
 Os meios de comunicação além de informar, formam e transformam pessoas, opini-
ões, comunidade, um país inteiro, se for necessário (quantos já caíram do pedestal, por
interferência dos meios de comunicação), por
força de fatos revelados ou por revelação de
omissões nefastas, tipo aquela de Pilatos, de
quem lavou as mãos, embora elas não estejam limpas.
 Bem, voltando ao mago das palavras...
Para que não fiquemos “cheios de si”, com um
certo ar de importante pelo fato de escrevermos crônicas, de termos a ousadia de publicá-
las e achar que transformamos o mundo, ou
as pessoas, só porque dizemos algo ,ou melhor, nos atrevemos a dar nossa versão sobre
determinado assunto, ou relatar experiências
que nos tocaram e que pode ser do agrado de
alguns leitores é bom dar um lida no que ele
diz sobre o ato de escrever.
Escrever impede a conjugação de tantos outros verbos. Os dedos sobre o teclado,
enquanto lá fora a vida estoura não só em
bombas como também em dádivas de toda
natureza, inclusive a simples claridade da hora, vedada a você, que está de olho na maquininha. O mundo deixa de ser realidade quente
para se reduzir a purê de palavras.
 O que você perde em viver, escrevinhando
sobre a vida. Não apenas o sol, mas tudo que
ele ilumina. Tudo que se faz sem você, porque
com você não é possível contar. Você esperando que os outros vivam, para depois comentá-los com a maior cara-de-pau ("com
isenção de largo espectro", como diria a bula,
se seus escritos fossem produtos medicinais).
Selecionando os retalhos de vida dos outros,
para objeto de sua divagação descompromissada. Sereno. Superior. Divino. Sim, como se
fosse deus, rei proprietário do universo, que
escolhe para o seu jantar de notícias um terremoto, uma revolução, um adultério grego — às
vezes nem isso... Sim, senhor, que importância a sua: sentado aí, dando sua opinião sobre
a angústia, a revolta, o ridículo, a maluquice
dos homens. Esquecido de que é um deles.
Ah, você participa com palavras? Sua escrita
— por hipótese — transforma a cara das coisas, há capítulos da História devidos à sua
maneira de ajuntar substantivos, adjetivos,
verbos? Mas foram os outros, crédulos, sugestionáveis, que fizeram o acontecimento. Isso
de escrever «O Capital» é uma coisa, derrubar
as estruturas, na raça, é outra. E nem sequer
você escreveu «O Capital». Não é todos os
dias que se mete uma ideia na cabeça do pró-
ximo, por via gramatical. E a regra situa no
mesmo saco escrever e abster-se. Vazio, antes e depois da operação.
Já revelei em outras ocasiões o quanto
gosto de Drummond, do que e como escreve.
Apesar de fazer esta crônica com seu prazeroso texto (há quem diria delicioso, mas sou do
tempo que só se usa delicioso para coisas comestíveis) vou me permitir discordar um pouco
do que ele diz (até para me justificar de aqui
estar).  (Segue)  Varal do Brasil - Abril de 2013 - Varal Especial do Amor no.2/20B
www.varaldobrasil.com

          

Varal do Brasil - Abril de 2013 - Varal Especial do Amor no.2/20B
www.varaldobrasil.com                                                                                     83
Todo aquele que se atreve a comentar sobre os fatos do cotidiano, não o faz por ser ou
estar sereno (nem ele próprio), superior, mas por ter sido tocado por tais fatos, por outros textos, por uma palavra numa conversa informal com outrem, por acontecimentos fortuitos, quer de
maneira negativa ou positiva a ponto de não conseguir guardar para si todo o sentimento produzido (alegria, tristeza, inquietação, admiração, indignação) dividindo-o com os leitores. Creio
que conseguimos ter olhos sensíveis para os acontecimentos, (não que outras pessoas não
possuam) por mais banais que possam parecer, só temos a ousadia de dar nossa opinião e de
mostrar de que modo fomos atingidos. Neste processo, muitos se identificam e gostam (nosso
público leitor) outros discordam, e um outro percentual nem foi atingido pelo que escrevemos e
seguem sua vida independente das letrinhas colocadas no papel.  Enquanto isso, como diz o
poeta, um imprevisto sucede outro, num mecanismo de monotonia... explosiva.