RESULTADO

 XVI CONCURSO LITERÁRIO INTERNACIONAL

DE POESIAS, CONTOS E CRÔNICAS

Autor homenageado Darcy Pinheiro – Cruz Alta - RS

POESIAS

1º LUGAR - De trás para frente! - Cláudio Rogério Trindade – Ijuí – RS

2º LUGAR – Seca - Cristina de Almeida Rodrigues – Niterói – RJ

3º LUGAR: A próxima despedida- Lígia Leivas – Pelotas  - RS

DESTAQUE LITERÁRIO INTERNACIONAL EM POESIA

La sombra; Corazon, Silencio y razon; Embriaguez; Tiempo salvaje - Maria Cristina Drese – Buenos Aires – Argentina

Sol nostalgia; Penelopeica - Anni Pátron – México

De um certo surrealismo… Dinis Muacho – Portugal

Poema econométrico sentimental - Segundo Emilio Campos Morales  - Cajamarca - Peru
Elegía al desahogo - Segundo Emilio Campos Morales - Cajamarca – Peru

Destaque estudantil em poesia

As flores - Juliana Fagan Peyrot  - Cruz Alta – RS - Ensino Fundamental

DESTAQUE LITERÁRIO NACIONAL EM POESIA

Manancial - José Luiz Pires – Campinas – SP

Contradições Humanas -  Antônio Francisco Cândido – Congonhal- MG

Peregrino - Kátia Ribeiro de Oliveira - Belém – PA

Como te esquecer? Lua cheia, pós-verão – Sentimento -  Tristão Alencar Pereira

Oleiro – Pelotas – RS

 Impassividade, Operariado, Voyeurs - Francisco Ferreira – Betim – MG
A vida é...; A tortura;  Cordel; Boca; A ceia - Cristina de Almeida Rodrigues – Niterói – RJ

A Vinicius de Moraes - Beatriz Dutra – Rio de Janeiro – RJ

Anseios - Jesus Volnei Lemos dos Santos – Cruz Alta – RS

Comunhão - Isabel C S Vargas – Pelotas – RS

Sonho Adormecido - Ângela Maria Guerra de Andrade – RJ

Deixa eu te amar – Meus silêncios - Lenir Reis  – Cruz Alta – RS

Labirintos da vida - Juraci Martins – São Sepé- RS

Segredos acesos do coração;  Ensinamentos da paz sabedoria – E Campel - Fortaleza – CE

Tudo em mim , Quisera – Adão Wons – Cotiporã – RS

Miopia Ecológica - Cláudio Rogério Trindade – Ijuí - RS

Alvitres do anoitecer... Eloisa Antunes Maciel – São Martinho da Serra – RS

Melancolia - Ana Zeilmann – Cruz Alta – RS

CONTOS

1º LUGAR  - Um homem que sabia…  Dinis Muacho – Lisboa – Portugal

2º LUGAR - É assim que os outros me veem? Scyla Bertoja –Porto Alegre – RS

3º LUGAR- Ser diferente pode fazer toda a diferença - Conto infantil poemado - Sirlene

Cristófano- Portugal

Destaque Internacional em Conto

A virgem sagrada - Eduardo António Quive – Moçambique - África

Destaque Nacional em Conto

A cruz e uma brincadeira de mau gosto; Abaeté e Adamastor – O dilema do nome ; O retrato dos meus pais; Cartas sem respostas -  Adilar Signori – Canoas – RS

Panapaná nos céus da ilha; A essência é que é fundamental -  Saulo Barreto – São Luís – Maranhão

Os Boanerges- Noilson Abreu – Maragojipe - BA

Até hoje - Lígia Leivas – Pelotas – RS

Olhos de Porcelana - Andrio Santos – Cruz Alta – RS

O falso atropelamento da galinha - Gladis Berriel –

A lenda da pedra azul - E Campel – Fortaleza – CE

A Paineira - Uma sombra de esperança - José Luiz Pires – Campinas – SP

O pintinho feio - Renato Toledo de Campos – Rio de Janeiro – RJ

As memórias do vigilante dos campos de trigo; A menina que brincava às sardinhas - Henrique Madeira  - Cruz Alta – RS

Memórias - Isabel C S Vargas –

Destino; O estranho jardineiro – Maria Apparecida S. Coquemala - Itararé – SP –

O pintado – Frederico Carvalho – Barbacena – MG

Visão praiana – Cecy Barbosa Campos – Juiz de Fora - MG

CRÔNICAS

1º LUGAR - Mulheres - Isabel C S Vargas – Pelotas – RS

2º LUGAR - Sobrevivência - Silvia Rejane Peyrot – Cruz Alta – RS

3º LUGAR - o sonho pós-moderno – Helena Barbagelata -  Lisboa - Portugal

DESTAQUE NACIONAL EM CRÔNICA

Chega de au-au - Leandro Luis – São Paulo – SP

Caça ao tesouro; Esbodegado - Lígia Leivas – Pelotas – RS

Cinzas de um estranho vulcão...  Eloisa Antunes Maciel   - São Martinho da Serra/RS)

http://alpas21.blogspot.com/

Data:2011.10.12

Divulgação : Diário da Manhã-Pelotas-RS

2011.10.16-Domingo- Anotações da Agenda Cultural-Luiz Dalla Rosa página 7

                                            SOLIDÃO

                Há autores maravilhosos que falam sobre o escrever como ato solitário. Da solidão brotam as idéias, os textos, a obra. Traduzem a solidão como facilitadora ou indutora do ato de escrever

           Não estou aqui para concordar ou discordar. Minha idéia é duvidar. Até porque em meu entendimento é da dúvida que resultam coisas boas.

             Da solidão só sai amargura, tristeza, mágoa (ou são as mágoas que geram solidão?) azedume, isolamento, distanciamento, sofrimento, incapacidade de conviver (e por não saber viver com, as pessoas morrem). Na solidão encontra-se muita dor e não é dor pequena não, muito menos por vontade própria, porque a solidão é danada. Vai pegando a pessoa aos poucos, enredando em uma teia, que depois não dá para sair. Quando o indivíduo percebe, está por inteiro na solidão e aí, para escapar só com ajuda, se tiver sorte, e se não tiver espantado todo mundo à sua volta. Aliás, espantou a si mesmo e nem percebeu.

            É como aquele fenômeno da psicoadaptação, no qual a pessoa vai recebendo as informações aos poucos, por mais difíceis que sejam de aceitar e quando se apercebe já acostumou. Na solidão é a mesma coisa ao contrário. A vida vai lhe sendo tirada aos poucos, e como é devagar, como em conta gotas não dói tanto que ao se dar conta ela já fugiu de todo. Aliás, ele fugiu de si mesmo sem ter consciência disso. E dessa inconsciência nada brota. Do nada não brota semente. Não prolifera vida.

            Então, abaixo a solidão esse danado mal do século que pega pessoas e transforma-as em formigas, sem vontade, sem prazer, sem sossego.

            Escrever brota da vida, do amor, da falta dele, mas do amor por si mesmo que é capaz de fazer qualquer pessoa desafogar dores intensas no mais desassossegado rabisco, muitas vezes sem forma, mas como sinal de resistência, de apego à vida, da necessidade de elaborar coisas e fugir da insanidade.

             Escrever resulta do entusiasmo, da percepção do sagrado em cada ser.  Então, ao escrever sacralizamos a vida.

            A solidão não nos permitiria escrever qualquer texto. Pelo menos para mim, simples mortal que através da escrita luta para não ficar à deriva.

PUBLICADO NO DIÁRIO DA MANHÃ-PELOTAS-RS

DATA:2011.10.11-TERÇA-FEIRA-PÁGINA 4-TRIBUNA DO POVO
Publicado no site:www.recantodasletras.com.br
Data:2012.01.16