quarta-feira, dezembro 04, 2013

DIA DAS TRADIÇÕES HISPANOAMERICANAS: 10 DE NOVEMBRO

DÍA DE LA TRADICIONES HISPANOAMERICANAS: 10 DE NOVIEMBRE

MÁXIMO: DOS (2) PARTICIPACIONES POR PERSONA
MOTIVO: celebración del nacimiento del escritor, periodista y político argentino JOSÉ RAFAEL HERNÁNDEZ Y PUEYRREDÓN , autor del poema Gauchesco "Martín Fierro"
PROPUESTA: Extender la celebración a toda Hispanoamérica.
BASES:
  1. Poema o relato breve  ( no más de 2 carillas de hoja A4 para que tengan una idea de lo que se pide) con temática referida a las tradiciones de su nación.
  2. Tema: Referido a las TRADICIONES de la nación de cada participante.
  3. Fecha tope:  30 de noviembre
Se entregará CERTIFICADO de participación en el evento. 

MÁXIMO: DOS (2) PARTICIPACIONES POR PERSONA
PARTICIPANTES:

INICIADA POR STELLA MARIS TABORO
INICIADA POR MARIA ORETO MARTÍNEZ SANCHIS
INICIADA POR JOSÉ LISSIDINI SÁNCHEZ
INICIADA POR JOSÉ LISSIDINI SÁNCHEZ
INICIADA POR CARLOS MANUEL RENTERÍA DE LA C
INICIADA POR IRIS DEL V. PONCE P 
INICIADA POR EGISTO SALVI 
INICIADA POR MA DE LOS ANGELES VILLAR
INICIADA POR LUCINA MEDINA DE BARRY 
INICIADA POR BEATRIZ TERESA BUSTOS 
INICIADA POR MANUEL IBARRA 
INICIADA POR MIGUEL ANGEL 
INICIADA POR ISABEL C.S.VARGAS
14. O GAÚCHO
INICIADA POR ISABEL C.S.VARGAS
INICIADA POR ELIAS ANTONIO ALMADA
INICIADA POR MIGUEL SERRANO
17. VENEZUELA
INICIADA POR NORMA CECILIA ACOSTA MANZANARES
INICIADA POR ELADIO RODULFO GONZÁLEZ
INICIADA POR ELADIO RODULFO GONZÁLEZ.
INICIADA POR MARYSOL SALVAL
INICIADA POR LUCIENE PASSOS PIRES
INICIADA POR MARITA RAGOZZA DE MANDRINI
INICIADA POR CECILL SCOTT.
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MEU TEXTO NA APBC107

Isabel Cristina Silva Vargas
Pelotas / RS


Saudades de meu amor

Mudamos de estação.
Chega a primavera com suas flores.
Lembro-me de teu nascimento
E, da alegria de uma nova vida,
No seio de nossa família.

Cores, alegria, brisa de primavera
Lembram sorrisos de felicidade.
Brisa suave para embalar sono de criança,
Perfume para lembrar cheiro de bebê
Que ativam meus sentidos e,
A saudade se intensifica.
Saudade de chorinho de nenê
Que é música celestial para ouvidos maternos,
Toque de mãos com a suavidade de pétalas de rosa,
Balbuciar de primeiros sons
Que fazem lembrar sopro divino
Mostrando a fragilidade da vida.
A saudade toma conta de meu coração.
Sorrio diante das mais ternas lembranças
Que provam que permaneces em mim
Apesar da distância das dimensões
Que temporariamente nos separam.
 
 

MEU TEXTO EM EU SEI QUE VOU TE AMAR

Isabel Cristina Silva Vargas
Pelotas / RS


Bem-vinda, primavera!
Abro as portas de meu coração
Para deixar-te entrar, com intensidade,
Brindando-me com tuas cores e luminosidade.
Já houve época que de ti desacreditei;
Dores intensas cegaram meus olhos
Para a beleza da renovação e do renascimento.
Teu colorido fazia doer minh ‘alma,
Imersa no mais rigoroso dos invernos.
Hoje, apesar das dolorosas perdas,
A natureza e o tempo fizeram sua preciosa tarefa:
Aplainar as farpas de um coração despedaçado,
Dar um pouco de luz para os olhos cegos,
Trazer um suave perfume da natureza,
Fazer-me ouvir um coro celestial de anjos,
Aqueles que Deus me mandou com doçura
Para mostrar que a vida se renova;
Que há tempo de nascer, viver e morrer,
Para novamente, renascer,
Em um interminável ciclo de amor,
De esperança e luz.

MEU TEXTO EM EU SEI QUE VOU TE AMAR

Isabel Cristina Silva Vargas
Pelotas / RS




Aparentemente, o dia seria igual aos demais. Clotilde já sabia o que iria ocorrer. Levantar, tomar seu café bem simples, sem leite e com uma fatia de pão única, sem direito a repetição. Arrumar sua cama, no quartinho do fundo da casa que a filha, generosamente, cedia para ela. Era sua única filha.

Quando jovem, conheceu Juvenal, seu marido com quem viveu até que ele faleceu vítima de um câncer. Ele não a deixara trabalhar fora. Também, não sabia se conseguiria. Casara cedo e sem profissão definida. Não passara do ensino ginasial.

Quando o marido faleceu teve de ir morar com a filha, pois não conseguiria pagar o aluguel, mesmo na periferia porque a pensão que recebia era irrisória.

Na casa da filha sentia-se um estorvo. Elas pouco se falavam. O marido dela era um jovem de seus trinta e cinco anos que era de meias palavras, pouca afetividade e muita ambição.

A vida era meio apertada. A filha, a exemplo dela, não trabalhava fora, por vontade dele.

Vivia reclamando do custo de vida, que tinha que aumentar o orçamento e foi em função disse que ele passou a colocar no orçamento da casa sua pensão. Já decorreram quatro anos desde que ela passou a não dispor de dinheiro. Então, ficava em casa, sem amigos, sem carinho, sem lazer. Ajudava na organização da casa, mas sem muito participar, opinar ou receber qualquer coisa que demostrasse que gostavam de sua presença.

Para não ser injusta, tinha que considerar que saía de vez em quando para ir à igrejinha ali perto. Era bom porque encontrava pessoas diferentes, às vezes, durante a oração alguém a abraçava ou apertava sua mão, sorridente, desejando-lhe paz. Outras, recebia a benção do padre ao final do culto. Parecia sentir-se mais fortalecida com esses episódios. Gostava de ir ali. Não era sempre que podia , só quando a filha a mandava passear e só voltar umas horas mais tarde.

Sobre estas ocasiões não podia comentar nada com o genro e nem com outra pessoa.

Já sabia que este dia seria um deles. Era quinta-feira. Sempre às quintas. Já estava antevendo que o dia passaria mais rápido. Ao mesmo tempo, parecia que as horas se arrastavam.

Após o parco almoço e a saída do genro para a loja onde trabalhava no almoxarifado, a filha a avisou que deveria dar uma volta, ir à igreja e só voltar lá pelas cinco horas.

E assim foi. Chovia na hora que saiu. Mas, mesmo assim foi até lá. Rezou, rezou tanto que as horas passaram e ela quando se apercebeu tremia de frio. Sentia uns calafrios.

Era hora de ir. Tinha pressa de chegar a casa e tirar a roupa úmida que tinha no corpo. Chovia ainda, agora mais forte, as ruas estavam com muita água. Seus óculos com água a escorrer turvava sua visão. Quando se deu conta, só ouviu a buzina, a freada e nada mais.

Silêncio. Acreditou que estava bem, pois se sentia flutuar. No meio da rua, uma mulher estirada que ela não reconheceu. Pensou seguir seu caminho. Deus devia ter escutado suas preces. Queria a paz e o aconchego de um lar. Estava voltando para casa.
http://www.camarabrasileira.com/stf13-039.htm