Isabel Cristina Silva Vargas
Pensamentos Dispersos
Este blog foi produzido com a finalidade de colocar os artigos por mim publicados na imprensa, bem como em outros sites, funcionando, atualmente, como um arquivo o qual me permite manter o controle das publicações realizadas, inclusive daquelas selecionadas e publicadas em edição impressa(Coletâneas, Antologias,etc...) Após o falecimento de meu filho amado ROBERTO passei a publicar outros textos , não apenas os meus ou dados relativos às minhas publicações.
segunda-feira, junho 17, 2013
DIVULGAÇÃO DOS AUTORES DE JUNHO DA CBJE


As Antologias on line da CBJE registraram mais de 950 mil leituras no ano de 2012. Clique nos nomes dos autores abaixo para ler algumas as obras mais lidas nos últimos dias. Ou clique em qualquer capinha dos livros anunciados nesta página para ler todas as obras publicadas. São milhares disponíveis on line.

Antonia Roza de A. Menezes
Silêncio

Fábio Ferraz
Para que a vida pare

Jeanne Cristina Paganucci
A morte

Juliana Nicácio dos Santos
Inseparáveis

Lenice Martins Tinoco
A força do Haiti

Márcia Ayres Dugo
Meu prazer

Maria Cleide S. C. Pereira
Uma triste esperança

Mariana Marins
Gratidão

Messias Vilela
Mesmice

Sonia Calembo de Oliveira
Êxtase do amor

Sergio Tavares
Há

Roberto Moura de Souza
Outro olhar

Patricia Maria Santana
Antes de voltarmos ao pó

Nilva Luzia Alves de Castro
Os cipestres

Sandra Berg
Alma nativa

Fernando Jorge de Aguiar
Extravio

Abraão Leite Sampaio
Droga

André Luiz Pinheiro
Saulo, Paulo de Tarso

Heliana Monteiro
O amor quando chega ...

Henrique Bueno Taguatinga
Na verdade

Isabel Cristina Silva Vargas
Tuas mãos

Iza Engel
O amor

Ismar Carpenter Becker
Reflexões

Júnia Paixão
Desejo

Luis Henrique Insaurrauld
Um ser diferenciado

Nicolly Bueno
Soneto do amor impossível

Rita Amaro
Tal qual

Zildenice de Souza Martins
Resplandecente

Neusa Maria Travi Madsen
Amor outonal

Rosemeire Stteffen
Cintilando

Romilton de Oliveira
Silêncio que fala dormindo

Neri Bocchese
Ser Papa, e Francisco

Ricardo Santos de Almeida
Parafusando

Rozelene Furtado de Lima
Borbulhas de fascinação

Cláudio de Almeida
Juro... pelo meu cumpadre

Jorge Braga da Silva
Incerto destino de uma ...

João Francisco Borges
A Ilha dos Amores

Maria Rita de Miranda
O falso crime

Mamede Gilford de Meneses
Ainda somos jovens

Rubercil da Silva Ribeiro
"A outra "
Tatiana dos Santos Malheiros
"Aos leitores "
Letícia Alvarez Ucha
"Dolemas de uma blogueira"
Luna Di Primo
"História de um amor universal"
Manoel Neto de Souza
O padre novato
José Luiz da Luz
"A abelha e a formiga no pote ..."
Helena Maria Ferreira
"Barcos"
Teresa Cristina Cerqueira
"Soneto do nordeste"
Ediloy A. C. Ferraro
"Idas & vindas"
Iracema Alvarenga
"Brasil-Japão "
Paulo Martorano
"O matuto "
Marco Hruschka
"Com amor e com afeto"
Moacir Luís Araldi
"Na próxima página"
Regis Paiva
"Sinônimo de amar"
Valmari Nogueira
"Vida mansa "
http://www.camarabrasileira.com/
MAIO CBJE





Pelotas / RS
Desapego
Dalila era a sétima filha do casal. A família era formada pelos pais, três filhos homens e quatro mulheres. Pelo fato de ser a caçula os demais a chamavam de Lilinha. Era uma forma carinhosa de tratamento. Família pobre, porém muito unida, estabilizada, emocionalmente. Todos procuravam se ajudar. Na infância, pelas dificuldades financeiras não frequentaram escola. Somente uma das mulheres frequentou algum tempo. Os demais foram alfabetizados em casa. Na época não havia obrigatoriedade de frequência escolar regular. Isto não se constituiu em frustação para os demais irmãos, só para Lilinha que tinha vergonha deste fato. As profissões de cada um foram sendo escolhidas pelas necessidades da época. Dois eram funileiros, à exemplo do pai. Uma cabeleireira e ela manicure. A terceira não trabalhava fora. O outro irmão, barbeiro. Lilinha foi ser comerciária, balconista de loja. Todos os irmãos casaram cedo. Menos ela. Outro motivo de frustação. Por ser a única solteira, seguiu residindo com os pais e deles cuidando. O pai faleceu primeiro.Ficou cuidando da mãe e trabalhando para sustentá-la, Isto a fazia levar uma vida muito pacata, caseira, vivendo, apenas, para o trabalho.
Aos quarenta anos conheceu um viúvo que se mostrou interessado por ela, Era bem mais velho e desejava uma companheira para aliviar a solidão de seus dias. Casaram-se sob as bênçãos do filho dele.
Viveram felizes durante dez anos, até que ele faleceu de um ataque cardíaco em uma noite de arroubos românticos mais intensos. Pior momento não poderia ter sido. Ela que passara anos de sua vida fechada em si mesma e que desabrochara com o casamento sentiu-se mais uma vez lesada e ,uma amargura estabeleceu-se em seu coração.
A vida perdera o encanto para ela. Enquanto tinha sobrinhos-netos pequenos estes ainda lhe preencheram os dias de um pouco de alegria. Ao vê-los crescidos sentiu-se sem função nenhuma na vida. Não soube adaptar-se à modernidade. Viu-se sozinha, isolou-se e não queria participar da vida dos demais por achar a vida moderna muito errada, fútil, volúvel diferente de seus princípios.
Isolou-se , apesar da insistência de todos.
Não achou mais sentido na vida. Desligou-se dela, naturalmente, durante o sono.
MAIO CBJE
Isabel Cristina Silva Vargas
Pelotas / RS
Tuas mãos
Tuas mãos são fortes, belas, seguras.
Ao vê-las, sinto vontade de tocá-las,
de senti-las entre as minhas
a transmitir tua força e teu calor.
Ao imaginá-las, como neste momento,
sinto-as deslizar por meu cabelo,
acariciar meu rosto
a me levar para perto de ti.
Fecho os olhos.
Sinto tuas mãos por meu corpo
à procura de novos caminhos
antes nunca percorridos.
Elas transmitem tua força de caráter
e a tua forma delicada de tratar as pessoas.
Neste momento, eu só desejaria
tê-las estendidas em minha direção
oferecendo-me um caminho novo
para contigo percorrer.
