domingo, janeiro 12, 2014

PUBLICAÇÃO DIÁRIO DA MANHÃ 2014/3

INOVAÇÃO

Correrias, estresse, preocupação:

Em ter dinheiro para presentes,

Para realizar a ceia,

Para estar feliz por exigência maciça

Dos mais próximos, da sociedade, da mídia.

E se não houver presentes?

Se o momento de cada um for o presente?


Isabel C S Vargas

Publicado no Diário da Manhã-Pelotas-RS
Data:2014.01.10- sexta-feira página 15

PUBLICAÇÃO DIÁRIO DA MANHÃ 2014/2

  OS BEIJA-FLORES VOLTARAM
Isabel C S Vargas
 
           Desde que viemos morar na praia, pelo fato de estarmos mais em contato com a natureza, passamos a perceber os menores detalhes de vida à nossa volta.
Meu marido sempre gostou de flores, pássaros e vida ao ar livre. Aqui passou a incrementar seu hobby que era a fotografia. Fotografou ao longo de sua vida. A princípio, as cenas do cotidiano familiar, depois a beleza arquitetônica da cidade e a natureza circundante.
Na praia tinha grande satisfação ao fotografar os pássaros livres que alimentava, os animais, as flores, os insetos, a lua, o por do sol e até fungos que proliferavam na grama e nas árvores. Fotografou o orvalho sobre as plantas, o indescritível colorido do arco-íris e tudo que tocasse sua sensibilidade.
As borboletas eram minhas preferidas. Pela beleza e por tudo que significam, porém há outro ser vivo que me encanta: O beija-flor. Quando apareciam ficávamos a vê-los colher o néctar das flores e a planar como só eles sabem fazer.
 No inverno com a poda de algumas árvores ao redor não os vi. Também pelo fato de estar mais recolhida interna e externamente.
Meu pequeno jardim está feio, maltratado e por mais que queira conservá-lo tenho dificuldade de mantê-lo como ele gostava e fazia, até mesmo pelo longo tempo de enfermidade que o impediu de fazer qualquer coisa.
Hoje, para minha surpresa, a observar uma planta que tenho, cujo nome não sei e que está enrolada no tronco dos coqueiros e onde há muitas abelhas, vi, delicado a planar, quase etéreo, um lindo, colorido e minúsculo beija-flor, a beijar suavemente uma a uma as flores que ali encontrava.
Sorri ao ver aquela linda criaturinha. Uma sensação de paz me invadiu. Assim como acontece quando uma pequena borboleta branca faz voos sucessivos à minha volta.
Apesar das dores não perdi a capacidade de me alegrar com as coisas simples e não me deixei tomar pela amargura. Que meus olhos, meu coração, meus sentidos permaneçam bem aguçados para desfrutar dos encantos da vida e da natureza.
 
 
Publicado no Diário da Manhã-Pelotas-RS
Data: 2014.01.10. sexta-feira-página 04 Tribuna do Povo
       

 

CADERNO LITERÁRIO PRAGMATHA 52



MEU TEXTO PÁGINA 17


UM DIA QUALQUER...
Isabel C S Vargas
Alguém nasce
Outro morre
Alguns casam
Outros separam
A menina vira moça
A mulher fenece
Um dia qualquer
Que é um marco em cada vida
Que tudo muda,
 Transforma-se
Cria-se
 Recria-se.
Sempre uma possibilidade em aberto...