segunda-feira, novembro 29, 2010

  RELICÁRIO   


                                                      


Pinto caixinhas

Para nelas guardar tesouros

Lembranças, recordações

Sorrisos, beijos afetuosos,fotos

Doces momentos vividos.

Data:2011.01.06
Publicado no Diário da Manhã-Pelotas-RS
Data:2011.02.22- página 13-Terça
Data:2012.03.06

TEIAS







Teço meus pontos


Para , no presente, laçar o passado


Que me dará apoio


Para alcançar o futuro










  RABISCOS









Escrevo palavras

Para em cada tecla digitada,

Expurgar minha dor,

Limpar os momentos escuros

Tornando-os fonte de inspiração

Para reencontrar um novo rumo

No alvorecer de cada dia

Que nos mostrará muita luz

Emanada dos anjos

Para nos indicar o caminho do amor.

                         Publicado no site:
                         http://www.becodospoetas.com.br/   
                         Data:2011.01.06



             Publicado no Diário da Manhã-Pelotas-RS

                   Data: 2011.03.06 -Página 17
Data:2012.03.06





Tecidos

   Pinto tecidos

Pois tecidos secam lágrimas

Cores alegram a vida

 Ambos socorrem seres

  Cujas lágrimas escorrem

Porque as almas

   Estão à procura de luz.

                                                     Publicado no site:http://www.becodospoetas.com.br/
                                                     Data:2011.01.06












Sabonetes

Para presentear

Com o perfume das flores

Que exalam aromas

Que relembram seres especiais

Que hoje habitam na natureza

Junto aos elementais









.













LEMBRANÇAS




Se foi sonho

Ou lembranças

Que ressurgem ao amanhecer,

Não sei explicar,

Mas tive meu menino

Ainda pequenino

A brincar em meu colo.

Lembro do largo sorriso

E de sua mãozinhas

Em meu rosto passarem

Num carinho gostoso

Que de tão real

Nem o tempo apaga.

Foi suave o acordar

Pois de imediato lembrei

Que com meu anjo sonhei.

Sorri muito grata

Pela alegria do reencontro

Que em meu íntimo ocorreu.



Idas e Vindas




“Escrever é traduzir. Mesmo quando estivermos a utilizar nossa própria língua.Transportamos o que vemos e o que sentimos.  
                                                                Saramago



Tarde de domingo.

Brisa suave a soprar e a balançar as folhas dos coqueiros próximos à janela do quarto.

Pássaros a cantar. Vontade de deitar o corpo e deixar a alma voar.

Sonhar. Flutuar...

Os cães também se dão ao luxo de um descanso. Não se ouve um ruído.

Um bom momento para uma prece.

Descansa. O sono invade, ao mesmo tempo que ouve o barulho daqueles que aproveitaram para repousar até mais tarde e agora começam o movimento. Misturam-se os momentos. Encontro e desencontro. Idas e vindas, dormir, acordar.

Sonha. No sonho rápido, a neta fala algo divertido , que ela não lembra, mas sabe que será motivo de riso dos demais, principalmente do filho, que ela tem certeza que irá se manifestar . A menina some num cômodo da casa. Ela em pé espera. O filho sai do banheiro(ela imagina que ele virá com seu sorriso largo, matreiro, brincalhão à altura do que fora dito) mas ele vem sério sem dar importância para o que fora falado.

Ela identifica o sapato, a calça , mas o peito está nu. Quando ele surge é dela o sorriso largo, feliz, por estar com ele tão presente. Filho !!! É a expressão que antecede o movimento de abraçá-lo fortemente. O sorriso se transforma em lágrimas .Lágrimas que são de alegria pelo abraço, pelo reencontro . Ouve o próprio choro e sabe que são lágrimas carregadas de dor.

Sente que está acordando em meio às lágrimas..

Na mão, o rosário que era dele e que sempre carrega consigo.


[b]Lembrei de você!
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