sábado, dezembro 16, 2006

EDHUCA
ESCOLA DE DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA






Ao concluirmos a primeira etapa da Edhuca, desejo discorrer sobre a importância da mesma no contexto atual.
A Edhuca, inicialmente, foi um projeto de extensão da Faculdade de Direito/UFPEL, com apoio da Unesco e Ministério da Justiça, dentro do projeto maior denominado TRIBUNOS da CIDADANIA. Ocorreu em duas edições.Esta terceira edição ocorre dissociada do projeto Tribunos,pois é um projeto do MEC através da Secretaria Especial de Cidadania,Alfabetização e Diversidade,UFPEL,Faculdade de Direito,Faculdade de Educação,contando também com apoio da UNESCO.Através de edital o MEC abriu a possibilidade para as Universidades criarem Escolas para capacitação em Direitos Humanos.Por já ter realizado duas edições e por ser referência na área o Projeto EDHUCA de Pelotas foi selecionado como um dos projetos-piloto a serem financiados pelo referido ministério.
Visa capacitar profissionais educadores e gestores da educação básica em Educação em Direitos Humanos; estruturar, capacitar, fortalecer institucionalmente o Comitê Estadual de Educação em Direitos Humanos; criar o Comitê Municipal de Educação em Direitos Humanos; realizar o Fórum Municipal de Educação em Direitos Humanos; promover, defender e lutar pela efetividade dos Direitos Humanos considerados na sua universalidade, indivisibilidade e interdependência, entre outros.
Conforme documento da Rede Brasileira de Educação em Direitos Humanos, o objetivo da capacitação é contribuir para a formação de educadores comprometidos com os direitos humanos, a democracia e a cidadania, visando sua atuação como multiplicadores, na constituição de uma cultura de promoção e defesa desses direitos; estímulo ao estudo e pesquisa no campo de direitos humanos e da cidadania; aprofundamento constante da avaliação de suas próprias práticas como educador e cidadão; fornecer subsídios para a formulação de ações de capacitação nesta temática para serem desenvolvidas por entidades governamentais e não governamentais.
Segundo Vera Candau, a educação em Direitos Humanos deve levar em conta a vida cotidiana como referência da ação educativa, a formação de sujeitos ativos capazes de viver uma cidadania consciente, a superação da cultura autoritária, através da prática educativa dialógica, compromisso com a afirmação da dignidade de toda pessoa humana.
A Educação em Direitos Humanos não pode ser dissociada da dimensão intelectual e da informação, da dimensão ética e política, procurando desenvolver o respeito às leis, ao bem público e a responsabilidade no exercício do poder.
O trabalho tem de ser desenvolvido de forma sistemática, contínua e permanente e embora não se obtenha retorno imediato, a perspectiva é a mudança de mentalidade o que produzirá significativos resultados. É um processo de aprendizado e troca constante entre os envolvidos, sendo o educador, ao mesmo tempo aprendiz, considerando-se que o educador deve ser encarado não como obra concluída,mas como em permanente construção e evolução, sendo a sala de aula, uma” comunidade de aprendizes”. Dentro dessa ótica é construído um novo saber, uma nova sociedade, com novos paradigmas e novo tipo de cidadão, mais autêntico, mais solidário e tolerante, capaz de conviver com as múltiplas realidades, aceitando a igualdade nas diferenças.
Em resumo, educar em Direitos Humanos é educar para a paz, pois segundo Piaget “a educação é um todo: não poderia haver uma divisória para a inteligência, uma para a moral e para a cooperação entre os povos”.
*participante da EDHUCA pela ABMCJ
Oradora da Turma
Publicado no Diário da Manhã-Pelotas-RS
Data:2006.12.15
Publicado no site: http://icsvargas.blog.terra.com.br/
Data:2007.07.10

DIA INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS
-10 DE DEZEMBRO-


Para falar ao coração, são necessárias obras.
Padre A.Vieira

Frequentemente ouve-se as pessoas reclamarem que direitos humanos são para bandidos e não para todos os cidadãos. Fala-se, portanto, em direitos humanos como algo que vem para contemplar as pessoas,não como prática do cotidiano,que envolva uma postura de cada um.Isto significa que podemos estar invocando algo,que se formos analisar, nem quem invoca pode estar praticando.Temos que pensar em direitos humanos como exercício de cidadania,no dia a dia de cada pessoa e não apenas como direito inserido na legislação.Pressupõe a assimilação dos conceitos e a prática no cotidiano.
Envolve muito mais do que a proteção para os apenados, segmento à margem do convívio social, mas um comprometimento de cada um, posto que ninguém é racista, violento, preconceituoso por determinação genética, mas por assimilação de condutas e preceitos, no decorrer da vida.
É uma questão de postura diante do diferente. É a aceitação incondicional do outro como ser com as mesmas prerrogativas de direito.
Também não pode ser aceito discurso dissociado da prática, isto é as ações dos indivíduos tem de ser de acordo com o que prega.
Na realidade, tudo é uma questão de como o indivíduo entende a sociedade e como nela se posiciona e conduz suas ações. Pode envolver a discriminação através do que se fala ou de como agimos, com relação aos judeus, negros, orientais, mulheres, pobres em geral, portadores de deficiência, índios, homossexuais, ciganos, grávidas, idosos, só para citar alguns exemplos.
Muitas vezes são reproduzidos conceitos e ações discriminatórios, sem que o indivíduo deles tenha consciência, visto que no mundo atual as ações violentas se banalizaram.
Há que se pensar com mais amplitude e incluir na gama de direitos, o direito à paz, a educação para os direitos humanos (sobre isto discorreremos também) a uma natureza equilibrada, sadia sem comprometimento do futuro da espécie humana, o que pressupõe envolvimento de todos, participação consciente do indivíduo em sociedade, responsabilidade das instituições e do estado. ( em todas as esferas).Portanto,direitos humanos não é algo que tenha que ser imposto(embora previsto em tratados, convenções, acordos,constituição),mas é fruto de uma cultura democrática,tem que estar contemplado nas atitudes do indivíduo no cotidiano, contribuindo desta forma para a formação de hábitos e valores comprometidos com os direitos humanos,pois como já dizia Aristóteles,"realizando ações justas ou sábias ou fortes, tornamo-nos sábios,justos e fortes.”
Publicado no Diário da Manhã-Pelotas-RS
Data:2006.12.13
Publicado no site: http://icsvargas.blog.terra.com.br/
Data:2007.08.03
Publicado no site: http:// http://www.usinadaspalavras.com/
Data: 2007.09.18
Publicado no site:http://br.geocities.com/yza_vargas/
Publicado no site: http://www.gostodeler.com.br/materia/16815/dia_internacional_dos_direitos_humanos.html
Data:2011.12.04
Publicado no site:http://clubedalinguaport.ning.com/profiles/blogs/direitos-humanos
Data: 2011.12.03
Publicado em:http://a-internacionalpoetasdelmundo.blogspot.com/2011/12/divulgando-0712-11.html
Data:2011.12.07
Publicado no blog:http://icsvargas.blogspot.com/2011/12/internacional-dos-direitos-humanos-10.html
Data:2011.12.12

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