quarta-feira, junho 09, 2010

UMA LINDA HISTÓRIA DE AMOR
UM AMOR PARA A ETERNIDADE
POR JÚLIA SALLABERRY PARA ROBERTO VARGAS 



Ah se eu conseguisse escrever, e com isso tirar um pouco da tristeza que vive dentro de mim...


Ah se todos os meus sonhos dizendo que isso tudo não é verdade, que é só eu te ligar que vai ficar tudo bem, fossem reais...

Ah se eu tivesse a chance de ter esse olhar ao meu lado de novo, e aquela voz dizendo a mesma primeira frase em todos nossos encontros - Oi minha Lindona.

Ah se os problemas que eu achei que tinha fossem os mesmos que levaria pro resto da vida...

Ah se as minhas eternas saudades fossem as mesmas aquelas de quando ficavas um dia longe viajando...

Ah se naquela noite não tivesses me atendido como na anterior, por causa da brabeza com o jogo do grêmio...

Ah se o nosso sonho de ficarmos velhinhos juntos ainda pudesse ser realizado...

Ah se meus filhinhos de olhos azuis, calmos e serenos iguais a ti, ainda pudessem ser planejados...

Ah se as tardes de sol fossem as mesmas, com chimarrão, cochilada, cachorrinhos, e algodão doce...

Ah se os fins de tarde acabassem com nossos gulosos cafés e os finais de semanas continuassem a ser planejados com antecedência para serem o melhor aproveitados possível...

Ah se todos tantos ‘para sempre’, ‘para eternidade’, ‘jamais’, escritos em nossos cartões tivessem o mesmo sentido que tinham antes...



Ah se todas as pessoas do mundo tivessem o mesmo coração que tu e transmitissem a mesma paz que tu transmitias...



Ah se o poder que achávamos que tínhamos sobre nossas escolhas fosse real...



Ah se todas as relações humanas tivessem tanto entedimento quanto a nossa...



Ah se eu ainda chegasse em casa depois de um dia qualquer e pensasse: “Meu Deus como eu posso ser tão feliz?!”

Ah se eu ainda tivesse a oportunidade de aprender mais milhões de coisas contigo...



Ah se todos os amores fossem tão intensos, sinceros e leais como o nosso...



Ah se aquele colo, aquele sorriso, aquele abraço, aquele beijo, aquele cheiro, aquela palma da mão, aquele olho fechadinho de dar risada, aquele “a gente dá um jeito amor”, ainda fossem presentes no meu dia-dia...



Ah se ainda existissem os “nossos planos” elaborados tantas vezes, tanto para amanhã quanto para daqui a 50 anos...



Ah se todos os meus anos fossem como esses dois últimos que vivi...

Se Se Se...

Publicado no Diário da Manhã-Pelotas-RS
Data:2010.06.30