segunda-feira, maio 05, 2008

ALERTA                                        





É cada vez mais preocupante a situação de violência instaurada na sociedade. É na cidade grande, nas de porte médio e até nos pequenos municípios do interior originalmente tidos como pacatos. Não é só aqui no Brasil. Extrapolam as fronteiras nacionais os casos de violência. A ordem até poderia ser inversa, pois, infelizmente, vivemos em um país que importa coisas que não deveria ser importadas, modelos que não se encaixam no nosso modus vivendi. Copiamos coisas como se as nossas não tivessem valor e, no entanto, encontramos, via de regra, estrangeiros que se apaixonam pelo Brasil e ficam sonhando com a oportunidade de aqui viverem. É o tal exemplo de que sempre o quintal do vizinho parece mais bonito e com mais atrativos do que o nosso.
Na realidade o que me preocupa é a situação das crianças, dos jovens e até adultos que são aficionados por jogos de computador, cada vez mais violentos.
Foi lançada recentemente mais uma edição, a quarta me parece, de um famoso jogo deste tipo, com destaque para a violência, crimes, como se não bastassem os que ocorrem na vida real e são intensamente noticiados. A fila frente ao local de lançamento e venda foi imensa, digna de nota no horário nobre da mídia televisiva, posto que os apreciadores não desejavam perder a oportunidade de aquisição em primeira mão.
Ora, se as grandes empresas cinematográficas ao lançarem filmes, que à primeira vista poderiam parecer infantis, sem nexo ou futuristas, avançados demais para uma época, tinham (e ainda têm) nas entrelinhas ou de forma mais direta, ou visível, mensagens a serem transmitidas, o que dizer, dos jogos que fazem o praticante interagir com o personagem?
Só para elucidar o que escrevo, um filme da década de 80 e que foi grande sucesso chamado Robocop 1 tinha como propósito passar a mensagem de serviço à comunidade, proteção aos inocentes, cumprimento da lei, idéias estas muito louváveis.
A segunda edição, ou continuação, como queiram denominar, tinha como proposta induzir ou promover sentimentos bons, promoção de atitudes positivas, supressão da agressividade, promoção de valores sociais, participação em atividades de grupo, eliminação de comportamento destrutivo, valorização do interior de cada um e não da aparência, entre outros, tudo isto digno de aplauso o que acredito foi um dos fatores que contribuiu para o sucesso do filme, além de outros de ordem comercial, artística, técnica etc.
Pois bem, na atualidade, muito poucos vão ao cinema. Que tipo de proposta têm os filmes que são mais assistidos pela garotada? Que tipo de mensagem desejam transmitir?
Como a insegurança é crescente, muitos pais preferem que os filhos permaneçam em casa, assistindo filme no DVD, jogando no computador, no videogame. Será que todos sabem que tipo de filme, de jogo e que orientação ele contém? Será que o estímulo à competição, à violência gratuita, às agressões e tantas outras coisas negativas não estão sendo passadas sem o conhecimento dos pais, dentro de suas próprias casas?
Poderemos restringir o âmbito de influência disto tudo dentro de cada lar?
Acho que vale uma reflexão e pesquisa de todos nós com o intuito de proteger nossas crianças, nossos adolescentes e proporcionar-lhes, sobretudo, qualidade de vida, orientação para o futuro, para reverter os padrões violentos com que muitos se deparam não só do lado de fora de suas casas.
PUBLICADO NO SITE:http://www.olhasoaqui.com/
Data:2008.05.05
Publicado no Diário d Manhã-Pelotas-RS
Data:2008.05.06
Publicado no site:http://www.euautor.com.br/
Data:2008.05.06
Publicado no site:http://www.jornal3milenio.com.br/
Data:2008.08.08

http://www.3milenio.inf.br/079/_artigo79e.htm