quarta-feira, outubro 03, 2012

Antologia 94






Isabel Cristina Silva Vargas
Pelotas / RS








No limiar da sanidade





Noites claras, brisa suave, calmaria
Sentada próximo aos coqueiros
Que reinam soberanos no pátio interno
Observo o céu, a lua, estrelas
Majestosas, lindas, humildes
Dividem em igualdade o firmamento
Para proporcionar aos simples mortais
O deleite de sua contemplação.
Ofertas sublimes do Criador
A estes filhos nem sempre gratos,
Pelas benesses Dele recebidas
De forma generosa, gratuita
Desde o nascimento até a generosa morte
Irmã cantada por Francisco o santo de Assis
Que amou tudo aquilo que o PAI criou.
Em meus devaneios, tento entender
Porque essa irmã, para mim maldita
A qual ainda não decifrei
O sentido e a razão, em sua loucura
Sem lógica e sem motivo
Roubou de mim meu tesouro,
Meu doce menino
A quem procuro quase insana,


No céu, nas estrelas, no universo.


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