FENADOCE, HISTÓRIA, REALIDADE E SONHO
Desde que começou a Fenadoce, só não estive na primeira que foi realizada no ginásio de esportes da UCPEL no Laranjal, porque, na época, passava férias em outro estado e na do ano passado, por motivos pessoais que não me permitiram estar presente, embora acompanhando pela imprensa o que lá ocorria.
A segunda e a terceira que se realizaram na Associação Rural já apresentava expositores de fora da cidade.
Da que foi realizada na Fiação e Tecidos, remodelada para o evento com o porte que tinha na época, recordo o dinamismo e o intenso trabalho de Gilberto Bonow e Édison Nobre.
Com a 5ª Fenedoce a festa tomou maiores proporções, com um belo desfile de carros alegóricos pela Avenida Bento Gonçalves, destacando-se o da Rainha da Feira, que na época chamava-se Festa, se não estou enganada, com a bela Rainha a saudar o grande público, alem da participação de vários segmentos da sociedade, inclusive os Clubes Sociais, entre os quais estava a Sociedade Italiana com a sua primeira Rainha (uma de minhas filhas) e várias tituladas.
Desde esta edição que a Fenadoce passou a ser realizada no Centro de Eventos (antiga fábrica de conservas), crescendo a cada ano e com divulgação, no centro do país, inclusive com a compra do prédio alguns anos após.
Logo a seguir a escolha da soberana da feira passou a ser realizada por concurso. Tive a alegria de minha outra filha ser escolhida como a Rainha da 9ª FENADOCE.
Discordei quando foram restringidos os estandes para o pessoal de fora da cidade, mas aplaudi veementemente com a mudança da praça de alimentação, que se tornou um ponto de encontro de famílias, de jovens durante o período da feira, à noite, nos dias de semana e todo o dia, nos finais de semana, em decorrência da qualidade dos produtos servidos e pela segurança do local, com estacionamento seguro em todo o evento.
A modificação no local, ou melhor, do aprimoramento das condições do local, (cobertura), pisos, climatização, melhoria de sanitários, ampliação da área gastronômica com restaurantes de nome na cidade, o palco fixo, com excelentes condições, os painéis com réplicas de prédios históricos ressaltando a beleza e a importância do patrimônio arquitetônico foram questões marcantes na consolidação do evento como um dos maiores do país, com grande cobertura da televisão, dos jornais e das emissoras de rádio.
A qualidade dos espetáculos ali realizados também é fator importante na atração de maior público.
No dia 03 lá estive e apesar de ser cedo para qualquer julgamento, pois alguns estandes estavam terminando de ser arrumados pelos expositores, gostei das inovações que vi. O castelo, a exposição dos vestidos das soberanas, as modificações na estrutura da festa já deram um bom indício.
Sei que já existe o museu do doce, por isto creio que não é necessário criar um museu da Fenadoce, mas incrementar este museu já criado. Creio que a CDL deve ter um bom acervo a ser organizado, assim como a comunidade poderia doar peças para o museu que sem dúvida seria mais um chamamento à visitação, além da exposição das fotos de todas as soberanas, dos concursos, dos presidentes de cada feira, das fotos de cada edição mostrando a evolução, réplicas artesanais de todos os tipos de doce, com as peculiaridades de cada um, como a procedência, os bonecos que foram utilizados para divulgar outras edições, roupas e fotos das meninas que foram princesinhas e doçurinhas da Fenadoce, painel com nome de todos os expositores, comercias, industriais, institucionais de todas as feiras, além de um mural com fotos das autoridades e outros de visitantes que passaram pelas edições, manutenção de um acervo de jornais locais, estaduais nacionais e revistas de edição nacional que noticiassem ou cobrissem o evento.
É importante valorizar e eternizar o nome daqueles que ao longo das edições colaboraram para o engrandecimento da feira e de Pelotas, por isto fotos ou placas com os nomes dos presidentes da CDL e suas respectivas diretorias deveria ter no local, assim valorizariam a participação daqueles cujo trabalho e apoio foram decisivos e merecedores de serem eternizados em um museu com local fixo no centro de eventos, entre os quais cito Jaime Moreira.
Achei muito interessante a divulgação da fábrica de ladrilhos hidráulicos, que produzem verdadeiras obras de arte, a tapeçaria feita a partir dos desenhos e cores dos ladrilhos que assisti no programa Jornal do Almoço de ontem, dia 05.
É de ressaltar a excelente cobertura da mídia com a gravação do Jornal do Almoço, Galpão Crioulo e parte do Patrola (entradas) aqui no local.
Para encerrar, o que achei de mais encantador, que foi a aposta em um desfile temático o que mostra um amadurecimento do empreendimento, comprovando que para se ter retorno é necessário planejamento e investimento e, sobretudo, sensibilidade, pois o que foi apresentado toca não só crianças e jovens, mas adultos que apesar das agruras das competição e da violência do cotidiano não endureceram seus corações e se permitem a alegria e o encantamento proporcionado pelas coisas que remetem à pureza, simplicidade, a infância, aos sonhos, que recontam o passado, a cultura e que mostram a importância do trabalho artístico e profissional realizado por quem criou os bonecos, as vestimentas e todos os elementos apresentados no desfile de abertura.
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