segunda-feira, agosto 25, 2008

VITÓRIA REDENTORA



Não poderia deixar de escrever sobre a espetacular vitória da atleta brasileira Maurren Maggi no salto. Não assisti assim como muitos brasileiros não devem ter assistido e nem imaginar todo o drama anterior pelo qual passou a atleta. Já escrevi sobre ela e seu esforço para recuperação visando à participação na Olimpíada e conforme suas declarações desejando ser exemplo para a filha.
A trajetória realizada por ela deverá ser exemplo para muitos, não só para atletas, pois mostra que qualquer ser humano é capaz de se recuperar, de atingir pontos de excelência desde que descubra em si mesmo forças para tal e em decorrência deste encontro lute, trabalhe com ardor, dedicação e disciplina.
O que dá a dimensão maior à vitória conquistada são os componentes de dificuldade existentes. Uma coisa é um atleta novo que esteja em ascensão e não tenha sofrido revezes capaz de baixar a autoestima ou de lançar nuvens duvidosas não só sobre a capacidade, mas sobre sua conduta. É uma trajetória sempre ascendente que impulsiona. Mais difícil é o caso em questão no qual após estar no auge a atleta é penalizada, mantém-se afastada do esporte, e retorna obtendo vitórias e paulatinamente reconquistando não só o respeito do público como a confiança capaz de alçá-la ao lugar mais alto no podium realizando um feito inédito e escrevendo em definitivo seu nome na história do esporte brasileiro e na história olímpica.
Mais uma vez percebemos a importância de ter objetivos, sonhos que são a mola mestra capaz de proporcionar a quem os persegue com afinco momentos de indelével felicidade. Isto é válido para qualquer pessoa. E quando digo qualquer não é para desqualificar e sim para mostrar que vale para o cidadão comum, para o jovem inexperiente, para a pessoa madura que deseja voltar a estudar, para aquele que busca mudar de vida, para aquele que persegue uma difícil vaga num curso disputado ou um emprego digno capaz de proporcionar realização profissional e pessoal bem como para aqueles que enfrentam dificuldades em função de enfermidades e se julgam sem chances de reverter o quadro, que desanimam.
Devemos visar sempre um ponto à frente para ser conquistado. Percebi isto quando revendo objetivos escrevi “continuar” e fui chamada à atenção porque continuar não é meta é objetivo que já foi alcançado e não apresenta mudança, etapa diferente ou acréscimo, mas acomodação o que não é bom para ninguém. Quem deseja crescer, evoluir não pode se acomodar, pois a vida é movimento constante, é alternância de situação que a pessoa tem que estar preparada para vivenciar e dela extrair o melhor.
Além do aspecto emocional outro dado é aquele relativo à idade, pois a atleta já está com 32 anos o que para a carreira representa muito. Em seu caso creio que foi justamente a trajetória percorrida que a fez chegar onde está tirando forças da experiência, dos revezes sofridos mostrando que tropeçar, cair, ocorre com qualquer ser humano e não deve ser encarado como marca definitiva, mas como ponto a ser superado, vencido, ultrapassado.
Valeu a vitória, valeu o exemplo de esforço, de trabalho, de fé e superação. O ouro da medalha foi decorrência do ouro interior.
Publicado no site:http://www.wmulher.com.br
Data:2008.08.25
Publicado no site:http://www.olhasoaqui.com/
Data:2008.08.25
Publicado no site:http:// www.euautor.com.br
Data:2008.08.30
Publicado no Diário da Manhã-Pelotas-RS
Data:2008.08.31